O sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António é reconhecido pela sua importância para a reprodução de várias espécies de peixes, servindo de viveiro natural ou local de passagem, a de numerosas espécies de aves.
Aqui ocorrem regularmente 169 espécies de aves, muitas delas emblemáticas e de elevado valor de conservação, outras muito vulneráveis ou com a sua existência em risco.
Mas nem só de aves se faz o sapal, e este é um ecossistema complexo que serve muitas outras vidas, entre as quais 36 espécies de mamíferos, algumas ameaçadas como a lontra ou diferentes tipos de morcego.
Registam-se, ainda, uma infinidade de invertebrados aquáticos (crustáceos) e terrestres (insetos), que acrescentam um valor inestimável a esta reserva, além de, pelo menos, 22 espécies diferentes de peixes, sem contar com as que ao longo dos tempos já foram dadas como regionalmente extintas, ou são hoje consideradas ameaçadas ou em perigo. Também não faltam anfíbios e répteis, tema em que há muito para estudar e conhecer com, por agora, duas espécies identificadas.
E se o reino animal salta à vista, o vegetal não lhe fica atrás, contabilizando 462 espécies de plantas registadas. Aqui cresce uma vegetação arbustiva adaptada ao elevado teor salino do solo, as espécies halófitas, entre as quais se destaca a salicórnia ramosíssima, planta comestível e já muito utilizada como substituto do sal.
A par da salicórnia podem ainda encontrar-se outras espécies, como a morraça, erva para forragem, o valverde-dos-sapais, o malmequer-da-praia, o junco-marítimo ou a barrilha ou erva-de-orvalho, entre tantas outras.
Conheça toda a riqueza e diversidade de fauna e flora da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim. Visite o link do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas