Não só nas salinas de mar se encontra sal. Pelo mundo fora são muitas as variedades de sal com diversas origens. Estas são algumas delas.
Como o nome indica é o sal obtido por meio da evaporação da água do mar. Pode ou não ser refinado.
O Sal Marinho Refinado é recolhido através de máquinas e, posteriormente, lavado quimicamente, centrifugado, seco e/ou branqueado. Pode ser fino ou grosso, tendo, por causa da forma como é processado, menos nutrientes e mais cloreto de sódio.
Por ter pouco interesse nutritivo, à sua composição é acrescentado iodo como forma do nosso organismo funcionar bem e combater algumas doenças relacionadas com a tiroide, como, por exemplo, a doença do bócio.
O Sal Marinho Artesanal não é refinado, sendo produzido segundo técnicas artesanais, não industriais. Nas salinas, forma-se fundo do talho quando a água atinge uma elevada concentração de sódio, e aí vai engrossando até ser retirado com ferramentas de madeira, respeitando praticas ancestrais: a crosta de sal é partida, empurrada e lavada na sua própria água, sendo amontoada em pequenas pirâmides onde seca ao sol e ar até ser ensacada.
Apresenta uma cor branca, brilhante, que revela a estrutura dos seus cristais. O brilho deve-se, não só à sua recolha manual e cuidadosa, como também por ser um sal naturalmente húmido, indício que revela a presença de magnésio, essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso e inexistente nos sais marinhos vulgares.
É indicado para todo o tipo de aplicações culinárias, realçando o sabor dos vários alimentos, salgando-os de uma forma pouco agressiva.
A Flor de Sal é a fina flor do sal marinho, ou seja, os cristais primários que flutuam e cristalizam no dia em que são colhidos sob a forma de um coalho, que é formado por finas palhetas que se desfazem com muito facilidade. Forma-se na superfície do talho ao final da tarde de verão, da perfeita conjugação dos elementos da natureza: água, vento e calor e deve ser colhido pelos salineiros quase de imediato.
A flor de sal é mais utilizada à mesa, em pratos já confecionados, como saladas, carne assada, legumes, sobremesas entre outros fins. A sua crocância e o derreter suave conferem-lhe a capacidade de despertar os sabores dos alimentos.
Originário de França, este é um sal marinho tradicional (e não refinado), colhido à mão e seco ao sol. A sua cor cinzenta deve-se à diluição das lamas no sal, o que o torna rico em oligoelementos e sais minerais. Devido ao seu sabor, o seu uso combina muito bem com produtos do mar, como peixes, algas e crustáceos.
Mais do que dois tipos de sal, são sais que respeitam um conjunto de normas religiosas sendo, por isso, produtos certificados.
No caso do Sal Kosher, com grãos irregulares e um tamanho semelhante ao do sal grosso, este sal não é refinado e não tem quaisquer aditivos, como o iodo, de forma a que, segundo os princípios da religião judaica, possa ser usado para preparar a carne e outros alimentos kosher. Por sua vez, o Sal Halal, respeita os princípios da religião muçulmana.
Este é o sal que provém de jazidas ou minas da superfície terrestre, como acontece na Polónia e em Loulé, e é colhido como se de rochas se tratasse. O Sal dos Himalaias, rico em sais minerais que lhe conferem o seu característico tom rosado e sabor suave, é um dos sal-gema mais conhecidos. Por lhe serem atribuídas funções terapêuticas, que atualmente são questionadas, o sal-gema é também utilizado com sal de banho. E nos países frios, o sal retirado destas reservas é, muitas vezes, usado nas estradas para derreter o gelo.
Também conhecido como Kala Namak, este sal é proveniente de minas de sal rochosas da região central da Índia Nepal, Bangladesh e do Paquistão. A sua cor e sabor invulgares resultam da adição de ervas e frutas que vão ao forno com carvão vegetal, num frasco de cerâmica. Por ter enxofre na sua composição, esta forma de sal de origem vulcânica, tem um aroma pouco comum, lembrando o da gema de ovo. É muito utilizado na Índia, China e Paquistão em receitas vegetarianas.
Composto por metade de cloreto de sódio e metade de cloreto de potássio, este sal foi criado para pessoas com problemas de hipertensão ou façam retenção de líquidos. Apesar do seu nome, e para garantir que o consumo de sódio é efetivamente menor, deve usar-se igualmente em quantidades moderadas.
Dependendo do produtor ou da região em que é fabricado, o Sal Líquido pode ser produzido através de diferentes processos. Em Portugal, nomeadamente na zona de Castro Marim, é obtido a partir da filtragem das águas-mães, e utilizado para borrifar os alimentos, conferindo-lhes um aroma e sabor suavemente salgado.
Noutras regiões, no entanto, pode ser dissolvido em água mineral sendo, à sua base em sal refinado, adicionado iodo. É especialmente agradável para quem não gosta de sentir as pedras de sal nas saladas ou grelhados.